Psicologia

Psicologia

quinta-feira, 28 de abril de 2016




           Somos o que pensamos
           Tudo o que somos surge
           com nossos pensamentos.
           com nossos pensamentos, 
           fazemos o nosso mundo.

                         Buda

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Cultive seu próprio poder interno



O Sábio tolera tudo sem dizer uma palavra. Tudo o que o incomoda nos outros é uma projeção do que não venceu em si mesmo. Deixe que cada um resolva seus problemas e concentre a sua energia na sua própria vida. 
Ocupe-se de si mesmo, não se defenda. 
Quando tenta defender-se, está a dar demasiada importância as palavras dos outros, a dar força à agressão deles. Se aceita não se defender, mostra que são simples opiniões, e que não necessita de os convencer para ser feliz.
Faça o uso regular do silêncio para educar o seu ego, que tem mau costume de falar o tempo todo. 
Não entre em competição com os demais, a terra que nos nutre dá-nos o necessário. Ajude o próximo a perceber as suas próprias virtudes e qualidades, a brilhar. O espírito competitivo faz com que o ego cresça e, inevitavelmente, crie conflitos. Tenha confiança em si mesmo. Preserve a sua paz interior, evitando entrar na provação e nas trapaças dos outros. 
Evite julgar ou criticar. Julgar é uma maneira de esconder as nossas próprias fraquezas.
Pense no que vai dizer antes de abrir a boca. Nunca faça promessas que não possa cumprir. Se não tem nada de bom, verdadeiro e útil a dizer, é melhor não dizer nada. 

Se identifica com o êxito, então terá êxito.
Se identifica com o fracasso, então terá fracasso. 
Assim, podemos observar que as circunstâncias que vivemos são simplesmente manifestações externas do conteúdo da nossa conversa interna.


Cultive seu próprio poder interno - Tao Te  King.

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Carl Jung: Individuação

De acordo com Jung, todo indivíduo possui uma tendência para a individuação ou autodesenvolvimento. "Individuação significa tornar-se um ser único, homogêneo, na medida em que por 'individualidade' entendemos nossa singularidade mais íntima, última e incomparável, significando também que nos tornamos o nosso próprio si mesmo. Podemos, pois, traduzir 'individuação' como 'tornar-se si mesmo'" (Jung, 1928, p.49).
Individuação é um processo de desenvolvimento da totalidade e, portanto, de movimento em direção a uma maior liberdade. Isto inclui o desenvolvimento do eixo ego-self, além da integração de várias partes da psique: ego, persona, sombra, anima ou animus e outros arquétipos inconscientes. Quando tornam-se individuados, esses arquétipos expressam-se de maneiras mais sutis e complexas.

"Quanto mais conscientes nos tornamos de nós mesmos através do autoconhecimento, atuando, conseqüentemente, tanto mais se reduzirá a camada do inconsciente pessoal que recobre o inconsciente coletivo. Desta forma, vai emergindo uma consciência livre do mundo mesquinho, suscetível e pessoal do eu, aberta para a livre participação de um mundo mais amplo de interesses objetivos. Essa consciência ampliada não é mais aquele novelo egoísta de desejos, temores, esperanças e ambições de caráter pessoal, que sempre deve ser compensado ou corrigido por contratendências inconscientes; tornar-se-á uma função de relação com o mundo de objetos, colocando o indivíduo numa comunhão incondicional, obrigatória e indissolúvel com o mundo." (Jung, 1928)

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Emoções complexas

Suor nas palmas das mãos ou aquele friozinho na barriga quando estamos nervosos. A sensação de calor nas bochechas quando estamos constrangidos ou envergonhados. Ou aquele calor no corpo inteiro quando estamos apaixonados.
Nossas emoçoes produzem reaçãoes muito fortes em nossos corpos, e uma equipe de pesquisadores finlandeses produziu um conjunto de "mapas corporais" que demonstram os efeitos que essas diferentes emoções exercem sobre nós.
Todos nós já sabemos que as emoções causam mudanças no corpo. 

A imagem abaixo mostra os resultados da pesquisa, sendo que as partes em amarelo são as mais quentes, e as em azul as mais frias.

Para o estudo, os cientistas realizaram cinco experimentos com 701 pessoas. Os participantes tinham que colorir em uma figura humana as zonas que se ativavam mais ou menos enquanto ouviam as palavras que designam cada uma destas emoções.
 
No geral, eles reuniram informações sobre um total de 13 emoções diferentes, sendo seis delas emoções básicas (raiva, medo, nojo, felicidade, tristeza e surpresa) e sete emoções complexas (ansiedade, amor, depressão, desprezo, orgulho, vergonha e inveja). Ao combinarem os resultados de todos os participantes juntos, eles compuseram uma espécie de “atlas corporal”, demonstrando como essas diferentes emoções afetam o corpo.
Cada emoção desperta reações em diferentes áreas e que isto acontece independentemente do fato de as pessoas terem culturas diferentes.
o corpo reage desta forma devido a mecanismos biológicos que nos preparam para responder ao que acontece à nossa volta, seja para a defesa ou para desfrutar da situação.
“As emoções não ajustam apenas a nossa saúde mental, mas também nossos estados corporais. Desta forma, nos preparam para reagir rapidamente frente aos perigos, mas também diante de qualquer oportunidade que o ambiente nos ofereça, como uma interação social prazerosa”.
O vermelho era usado para marcar as áreas de maior atividade e o azul, as com menos sensações.
Os cientistas então observaram uma grande coincidência, acima de 70%, das áreas coloridas.
É possível observar no mapa criado pelos pesquisadores que as duas emoções que causam uma reação corporal mais intensa e em todo o corpo são o amor e a alegria.
Também é possível ver que, no geral, todas as emoções básicas ativam sensações na parte superior do corpo, onde estão os órgãos vitais. E principalmente na cabeça.
“Observar a topografia das sensações corporais disparadas pelas emoções permite criar uma ferramenta única para a investigação das emoções e pode até oferecer indicadores biológicos de transtornos emocionais”

A ansiedade pode ser refletida por uma dor no peito. A paixão provoca sensações gostosas pelo corpo inteiro”. Quase todos nós podemos confirmar estas afirmações pelas nossas experiências pessoais. As variadas imagens produzidas em nossa mente, acompanhadas por mudanças internas em nosso organismo (aumento da pressão e da glicose, contrações dos músculos, dilatação da pupila, um frio na barriga, etc.) constituem a razão crítica porque cada emoção parece diferente e são difíceis de serem comunicadas (o pôr do Sol, o som e a batida do carro, meu pensamento de que alguém possa estar ferido). Em cada uma dessas situações exemplificadas por imagens mentais diferentes, associadas às diversas emoções, ocorrem também as mudanças na homeostase. Todas as emoções envolvidas nas nossas representações mentais e com a regulação do estado do organismo (homeostase ou harmonia do funcionamento corporal), uma vez ativadas, mostram mudanças nas estruturas do córtex insular, córtex somatossensorial, córtex cingulado e nos núcleos do tronco cerebral como o do tegmento (tegumento) e hipotálamo. São essas regiões que participam dos principais aspectos, direta ou indiretamente, da recepção de sinais provenientes do meio interno do corpo, vísceras e músculos esqueléticos.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Símbolos

De acordo com Jung, o inconsciente se expressa primariamente através de símbolos. Embora nenhum símbolo concreto possa representar de forma plena um arquétipo (que é uma forma sem conteúdo específico), quanto mais um símbolo harmonizar-se com o material inconsciente organizado ao redor de um arquétipo, mais ele evocará uma resposta intensa, emocionalmente carregada.
 
                             
 
 
Jung está interessado nos símbolos "naturais" que são produções espontâneas da psique individual, mais do que em imagens ou esquemas deliberadamente criados por um artista. Além dos símbolos encontrados em sonhos ou fantasias de um indivíduo, há também símbolos coletivos importantes, que são geralmente imagens religiosas, tais como a cruz, a estrela de seis pontas de David e a roda da vida budista. "Assim como uma planta produz flores, assim a psique cria os seus símbolos." (Jung, 1964, p.64)
Imagens e termos simbólicos via de regra representam conceitos que nós não podemos definir com clareza ou compreender plenamente. Para Jung, um signo representa alguma outra coisa; um símbolo é alguma coisa em si mesma - uma coisa dinâmica, viva. O símbolo representa a situação psíquica do indivíduo e ele é essa situação num dado momento.
Aquilo a que nós chamamos de símbolo pode ser um termo, um nome ou até uma imagem que nos pode ser familiar na vida diária, embora possua conotações específicas além de seu significado convencional e óbvio. Implica algo vago, desconhecido para nós... Assim, uma palavra ou uma imagem é simbólica quando implica alguma coisa além de seu significado manifesto e imediato. Esta palavra ou esta imagem tem um aspecto "inconsciente" mais amplo que não é nunca precisamente definido ou plenamente explicado.